segunda-feira, 9 de julho de 2007

Avenida

tudo são cores e preto e branco e prisma
os odores são fortes, nem agradam nem repelem
os ouvidos estranham qualquer não barulho
e o toque parece agora sensivelmente indolor

as pessoas se esbarram e se atravessam
ouvem tudo e nada ao mesmo tempo
todos se cheiram sem sentir
e os olhos, bem abertos, estão cegos

tanta vida e morte que está
tanta imagem que grita e silencia
tanta dor e anestesia

respiro o caos alheio.
transpiro.
vomito meu próprio caos.

2 comentários:

bruno disse...

oi bia,
seu blog tá parecendo um vulcão em erupção de coisas bonitas
bjs

claro-escuro disse...

A ideia era fzer um soneto?
se foi meu bem , esta de parabéns, n por ter feito um texto ( poesia como eu prefiro) com dois quartetos e dois tercetos. mas pelo espirito, tonalidade. e n só simplesment pela forma. quando digo q oq que vc escreve é bom,encantador, me refiro a isso. oq vc escreve transcreve sensações rs vc por meio do papel sabe colorir oq vê, pensa ou ler.
pra isso n é necessario só criatividade, meu bem. mas sim ter q ter e ver espirito ,imagem (personalidade), das coisas. rs e isso vc parece ter ... acredito q estilo seja e esteja nas declinações,nas expressões, na imagem q formamos da realidade.
então estilo n é só uma rotulação,mas uma especie de carater e marca da personalidade.

... mais uma vez dizendo, isso no q da maioria das coisas parece faltar rs no q vc escreve sobra .



amei seu soneto.
eu sou meio duvidoso falar do q vc escreve ,pois gosto de tudo q ate agora li rs


um beijo, meu bem

e continue escrevendo!